Antidepressivo são seguros na gravidez? Uma série de mudanças físicas e mentais, acompanhadas de inúmeras expectativas para com o bebê que vai nascer, marcam o período gestacional. Dessa forma, nada mais natural que o emocional da futura mamãe fique um pouco alterado.
Chorar com mais facilidade, sensibilidade a flor da pele, sonolência…tudo isso é natural no estado gestacional mas, em algumas futuras mamães, esses problemas que deveriam ser passageiros podem sinalizar algo mais sério como um quadro de depressão, por exemplo.
É aí que muitos médicos ficam na dúvida e até hoje não foi totalmente esclarecida: Receitar antidepressivos para grávidas ou não? Tudo vai depender de uma avaliação criteriosa e do quadro que a gestante apresenta.
Efeitos do Antidepressivo na Gravidez
Claro, não posso esquecer de pontuar que algumas gestantes já fazem tratamento com medicação antidepressiva antes mesmo da gravidez iniciar, essa é uma das preocupações dos médicos, saber até onde a segurança do bebê está preservada. E mais: é preciso fazer o possível para que a gestante também não sofra com possíveis reduções de dosagem ou mesmo a suspensão dos remédios. O fato é que até hoje não existe uma resposta definitiva da ciência quanto aos riscos do uso de antidepressivos durante a gestação.
Numa conclusão geral dos poucos estudos destinados a entender a relação dos antidepressivos e a gravidez, não existe nenhum medicamento que esteja 100% isento de causar risco ao bebê que se forma dentro da mãe. Daí a pergunta: deve o médico fazer com que a gestante suporte o problema até o nascimento do bebê? Os médicos respondem da seguinte forma: depende de cada caso.
Dentre os estudos que falei anteriormente, foram identificados os medicamentos classificados como “quase” liberados e isentos de possíveis danos ao feto. Eu disse “quase”. Até porque a depressão em si é um quadro que pode causar problemas para mãe e filho.
A única saída que existe nos casos de depressão na gravidez é que o médico analise o caso, ou seja, o grau do problema na gestante, geralmente se observa mudanças de humor e grau de ansiedade. Caso o médico ache que o problema manifestou-se de forma mais leve, é possível que opte por não receitar antidepressivos e prefira meios naturais.
Se a depressão se manifestar de forma agressiva, podendo até mesmo colocar a vida da gestante em risco, não há outra alternativa a não ser receitar os medicamentos mais “leves” em dosagens que achem menos agressivas ao bebê. Lembrando que somente um médico pode definir a grávida pode e como deve tomar um antidepressivo.
Encontrei um fato no mínimo “curioso” em uma das minhas pesquisas pela internet sobre o assunto: Foi contabilizado em um congresso médico feito nos Estados Unidos em 2006 que, pelo menos, 14 a 23% das grávidas usaram por um curto ou longo período da gravidez medicamentos antidepressivos. A porcentagem das gestantes que usaram a medicação por toda a fase chegou a 8%.
Antidepressivos que podem causar problemas ao bebê
Além dos resultados, diria, alarmantes; a associação americana que visa orientar as grávidas sobre cuidados com sua saúde nesse período, listaram os medicamentos antidepressivos que mais oferecem riscos à saúde dos bebês. São eles:
– Paxil (riscos de deficiência cardíaca no bebê);
– Zoloft, Prozac e Paxil (riscos de problemas pulmonares)
Acho que vão concordar comigo: Melhor que fazer uso de antidepressivos é não precisar deles, não é? Dessa forma, evitar a depressão é o melhor: saia, converse com pessas queridas se se sentir para baixo, encontre uma atividade para ocupar um pouco a mente, procure se sentir útil, durma e se alimente bem e, claro, caso o problema seja mais grave ou já exista antes de engravidar, o ideal é consultar seu médico em qualquer atitude que pense em tomar para que juntos, encontrem uma forma de solucionar o problema sem causar consequências ao seu bebezinho e a você mesma.