Toda mãe almeja sempre o melhor para seu filho. E não só depois que nasce. A partir do momento em que descobrem que estão grávidas, as futuras mamães, em sua maioria, já demonstram um amor imenso pelo ser tão pequenino que se forma em seu ventre. Dessa forma, o que mais se deseja é que o bebezinho tenha saúde.
Infelizmente, nem todas as gestações são tranqüilas. Em algumas situações a notícia de uma doença grave, pode fazer desabafar os inúmeros planos e sonhos que os futuros papais construíram para seu pequenino.
A poucos dias, a mídia cobriu de perto o caso da gestante de 8 meses que descobriu que seu filho era portador de anencefalia, doença que causa a ausência total ou parcial do encéfalo (área que abrange cérebro, tronco cerebral e cerebelo).
O que é anencefalia e como ocorre e prevenção
Vamos entender melhor como se desenvolve tal doença e o que acontece com os bebês acometidos por ela.
A anencefalia é uma má formação adquirida, ou seja, não tem nada a ver com doença congênita e se apresenta em vários graus, sendo impossível assim determinar qual o tempo de sobrevida de um bebê com essa doença.
O que se sabe é que mesmo sem boa parte do cérebro ou sem o mesmo, o tronco cerebral, que controla funções importantes do organismo como os batimentos cardíacos, respiração e alguns reflexos, continua funcionando.
Os médicos explicam que ainda não existe como descobrir qual parte do cérebro o bebê possui intacto, o que dificulta muito um diagnóstico mais preciso, antes do nascimento para que os a família tenha a real noção das condições da criança.
Existem estudos que mostram que a suplementação de ácido fólico (vitamina B9) em mulheres em idade reprodutiva diminui bastante a incidência de defeitos no tubo neural.
Anencefalia (nem tudo é regra)
Infelizmente as chances do bebê morrer ainda no útero são grandes. Caso sobreviva, a expectativa de vida varia de poucos minutos ate 2 anos de idade ou as vezes mais que isso. Por esse motivo, os casos de aborto nessas situações, são legalizados, o que têm gerado muita polêmica, mas, essa não é nossa intenção aqui.
O fato é que após um exame médico, a mãe tem como indicação, a interrupção da gestação, com a alegação de que não faz sentido esperar o nascimento, pois a morte é eminente.
Diagnóstico da Anencefalia
À partir de 12 semanas de gestação, diagnóstico da anencefalia pode ser efetuado pré-natalmente, através de dois métodos: ultra-sonografia e dosagem de alfa-fetoproteína.
Não precisaria dizer que a notícia da anencefalia “in útero” é traumática para os pais, da mesma forma que é o reconhecimento após o nascimento. Os médicos usam o critério de que como sua sobrevivida é curta, o bebê não precisa dos mesmos cuidados que os demais.
Particularmente tenho que expressar o quão cruel acho essa posição. Defendo a máxima de que são seres humanos e que possuem por direito o mesmo cuidado e amor que todas as crianças merecem.
Minha opinião só ficou mais firme depois que li que em casos de bebês que viveram 1 ano ou mais de vida, os pais afirmaram que eles reconheciam a voz da mãe.
Os médicos concluíram que são apenas reflexos, mas, meu coração acredita que isso é simplesmente um amor de mãe e filho totalmente incompreensível por qualquer médico que age com a razão.
Abortar? Complicado. Por um lado, saber que seu filho pode morrer antes de nascer e que está condenado a pouquíssimo tempo de vida, de forma tão triste é muito doloroso e muitas mulheres optam por “interromper” o que esta previsto acontecer.
Outras mães agem humana e bravamente com seu amor incondicional de mãe e sabem que só Deus pode decidir a morte de alguém. O bebê pode morrer antes do nascimento? Sim.
Pode falecer cedo ou sua aparência ser diferente de outros bebês? Muito provável. Mas, o amor de mãe não vê nada disso, ele vê aquilo que existe dentro de toda a matéria: o espírito, o coração. E isso, nunca morre.
