As crianças desde tenra idade já se interessam por brinquedos. Na fase em que começam a pronunciar as primeiras palavrinhas e ter entendimento dos movimentos do corpo, é a hora que começam a se interessar por essas peças coloridas com várias formas.
Se menino, a mamãe e o papai enchem o pimpolho de carrinhos de todos os tipos, se menina, as bonequinhas variadas, casinha e outros acessórios, enchem a casa. Mas, e quando existem algumas “diferenças”?
Os médicos explicam que em algumas crianças, as áreas do cérebro levam um tempo diferenciado para se desenvolverem, o que tem certa influência na hora de “dividir” o que é de menino e o que de meninas.
Além disso, a genética também pode influenciar, por exemplo, nos meninos onde as áreas do lado direito do cérebro levam mais tempo para se desenvolver. Mas, apesar do aspecto biológico, sem dúvida alguma o meio em que a criança é criada, bem como os valores a ela ensinados, tem grande influencia na hora da escolha de brinquedos.
Desse modo, seria no mínimo intrigante que o seu meninão, ignorasse os inúmeros carrinhos e preferisse as bonecas da irmãzinha mais velha. Afinal, você definiu que o enxoval seria azul e verde e que a decoração do quarto fosse repleta de carrinhos e bolas. Daí, naturalmente você para e pensa: tem algo muito errado ai. Acertei? Pois é, quanto a você eu acertei, mas, você em relação ao seu filho ou filha, não.
Pare pra pensar que muita coisa mudou nos últimos tempos, principalmente na forma em que homens e mulheres eram vistos. Hoje em dia, é cada vez mais natural que os papéis se invertam, portanto, você trabalha e o maridão fica com as crianças. Dessa forma, as mudanças também chegam às brincadeiras dos pequenos.
“Por isso, quando a criança troca de papel, treina como lidar com relações diferentes e emoções, tanto dela mesma como das outras pessoas”, diz a educadora Ivani Magalhães, coordenadora da brinquedoteca do Projeto de Extensão do Centro Universitário Ítalo-Brasileiro.
Brinquedos não influenciam na opção sexual da criança
A psicóloga explica que tais brincadeiras não vão influenciar na opção sexual das crianças e aconselha que você pare pra pensar: não é porque seu filho brinca de médico, que será um.
Ou seja, se sua preocupação é que seu filho brincando de boneca torne-se homossexual no futuro, acredite, brincar de boneca não indica nada disso “eles também têm hormônios femininos, em menor proporção, que fazem deles um ser mais compreensivo. Brincar de boneca para um menino é diferente de brincar de boneca para uma menina”, explica. a Psicóloga Regina Elia.
A psicóloga também explica que até os seis anos de idade, as brincadeiras são “assexuadas”, ou seja, é tudo igual. É nesse período em que eles estão descobrindo o mundo através da brincadeira, portanto, é natural que eles queiram se sentir do outro lado às vezes.
Não deixe de estimular seu filho a brincar com todo tipo de brinquedo. Você estará dando a ele a chance de desenvolver habilidades que mais tarde serão de grande valia em seu futuro, portanto, tem certeza que quer mesmo acabar com esse período de inocência do seu pequeno?
