Como é tratada a cardiopatia na gravidez? Quando uma mulher fica grávida, todo seu organismo passa a trabalhar em função do bebê em formação, que vai se desenvolvendo em seu ventre durante nove meses até seu nascimento. Neste período, um dos órgãos que passa por um grande aumento de atividades é o coração, que passa a bombear mais sangue e fluidos que são fundamentais durante o período de gestação.
E quando ocorre este aumento, as futuras mamães que sofrem com algum tipo de doença cardíaca acabam desenvolvendo alguns tipos de cardiopatias durante a gravidez, que podem trazer sérios riscos para sua saúde e também para saúde do bebê.
A cardiopatia na gravidez
O aparecimento das doenças coração durante a gravidez costuma ocorrer entre 1% a 4% das gestantes em todo país, e de um modo geral afeta as mamães que já sofrem de algum tipo de cardiopatia, sejam elas diagnosticadas ou não.
Dentre as doenças que podem causar a cardiopatia durante a gravidez temos as doenças reumáticas, que são responsáveis por até 50% dos casos, seguidas por outras doenças, como a fibrilação atrial, endocardite infecciosa, hipertensão pulmonar e antecedentes de tromboembolismo.
Em outros casos pode acontecer da gestante já ter uma doença cardíaca de base, que nunca havia sido diagnosticada, mas que devido ao aumento do fluxo sanguíneo durante a gestação acaba manifestando seus sintomas durante este período.
As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal.
Riscos que a cardiopatia trás durante a gravidez
Embora o número de casos de cardiopatia durante a gravidez seja baixo, ela acaba causando uma série de complicações durante o período de gestação, que incluem a má formação do feto, trabalho de parto prematuro, o rompimento da bolsa gestacional antes do tempo e a diminuição de crescimento do bebê.
Já em casos mais graves a cardiopatia acaba sendo a principal causa de mortalidade materna durante o período de gravidez, e por isso deve ser acompanhada muito de perto por uma equipe multidisciplinar no período pré-natal, que inclui as consultas com o obstetra e também com o cardiologista, dentre outros profissionais.
Cuidados que a gestante cardiopata deve ter durante a gravidez
Como citamos acima, o acompanhamento pré-natal com uma equipe multidisciplinar é fundamental quando a gestante sofre de alguma cardiopatia, principalmente se esta cardiopatia já era diagnosticada antes da gravidez.
Neste período serão realizados diversos exames na mamãe, como eletrocardiograma, ecocardiograma e exames de medicina fetal, como o ecocardiograma fetal, por volta da 20ª semana de gestação, o exame morfológico fetal e a dopplerfluxometria.
Febre reumática é responsável por 80% das cardiopatias encontradas nas gestantes
Tratamentos da cardiopatia na gravidez
Em alguns casos pode ser necessário que a gestante precise ser avaliada toda semana, ou até mesmo fique internada durante um bom período da gestação, principalmente nos casos de gravidez de risco. E neste período alguns remédios podem ser receitados para diminuição dos sintomas e riscos na gravidez.
Outro tratamento que pode ser feito em raros casos é a cirurgia cardíaca, que atualmente é feita por meio de cateteres inseridos na veia femoral, e que através de orientação radiológica ajudam o cirurgião no tratamento do coração, sem a necessidade de uma grande cirurgia.
Já para hora do parto o mais indicado é o parto normal, sempre com o uso de analgesia adequada, pois este reduz a perda de sangue de forma mais acentuada do que em uma cesariana.
E o mais recomendado para quem sofre de algum tipo de cardiopatia é realizar um planejamento com antecedência antes de engravidarem, e com isso a saúde do bebê e da gestante serão muito melhores durante este período, e o acompanhamento pré-natal será direcionado de uma forma muito melhor.
