Crianças que não querem comer pode ter traumas futuros, caso os pais não souberem lidar com a situação. Comer é sempre uma maravilha, não? Mas, além disso, comer é uma necessidade que nosso corpo têm para “trabalhar” da forma correta e ser suprido dos nutrientes necessários para uma boa saúde.
Na infância, os alimentos têm ainda mais importância para um desenvolvimento saudável e positivo. É partir dos alimentos ingeridos, que nossos pequenos têm órgãos e funções aprimoradas. Não é a toa que qualquer mãe que tenha um filho com dificuldades para comer, se desespere.
A criança que não quer comer e faz birras nas refeições
Enquanto algumas crianças “raspam o prato”, para alegria das mamães, outras tornam a hora das refeições um verdadeiro tormento, regado a muito choro e birras de todo tipo. E a maioria das mães não sabe como agir quando isso acontece.
“Muitas crianças passam por um apetite seletivo, natural para cada faixa etária. O período mais crítico é entre um e quatro anos”, esclarece Márcia Léon, médica do Centro de Gastropediatria de Brasília. “Algumas crianças apresentam paladares muito específicos, como é o caso das que preferem o sabor adocicado ao salgado. A seletividade do cardápio vai depender muito da característica individual de cada criança e de como a família se porta perante essa experiência”
Como fazer a criança comer
Depois desse esclarecimento, vêm a dúvida: insistir ou não pro meu filho comer? Segundo a especialista, os pais precisam respeitar os gostos da criança, mas, sem deixar que ela comande.
“Devemos sempre insistir, pois na maioria das vezes, ela rejeita pelo simples fato de não querer experimentar o novo sabor e textura da comida. Insistir mostrando o benefício da alimentação, e principalmente, sem brigas e ameaças. A refeição deve ser prazerosa e não uma fonte de estresse domiciliar”, orienta a médica.
Para evitar que a hora da comida seja traumática, a dica é que a criança não coma só o que quer. Você não deve obrigá-la, mas, sim, oferecer quantas vezes e como for necessário. Prepare o alimento de várias maneiras, por exemplo. Ah, nunca esqueça: para oferecer a comida, espere a fome dele chegar!
Temos o costume de oferecer pequenas quantidades de comida, principalmente as que a criança gosta, de pouco em pouco, nos intervalos das refeições principais. Desta forma, a taxa glicêmica sempre estará alta e a fome não chega. Os pequenos têm enormes reservas de glicogênio, portanto, não terá hipoglicemia facilmente se ficar algumas horas sem se alimentar (podem ficar geralmente de 4 a 5 horas sem comer)”.
As crianças criadas sob esse regime terrorista, obrigadas a comer sem vontade, tendem a crescer inseguras e podem até desenvolver traumas como compulsão alimentar, por exemplo.
“Criança segura provém de pais seguros. Elas precisam perceber que seus pais querem o melhor para elas, e o exemplo dos responsáveis em conduzir suas vidas é o norte para um desenvolvimento feliz dos pequenos. Isso vale para tudo, inclusive para a alimentação”, finaliza a Dra. Márcia Léon.
E aí, mamãe, qual o cardápio de hoje?