Estimulante de Apetite Para Crianças pode ser perigoso, caso seja oferecido sem prescrição médica. Mãe tem um objetivo unânime: ver os filhos nas melhores condições possíveis, e em todas as áreas de sua vida. Quando são pequenos então, o que elas mais priorizam, claro, é a saúde de seus pequenos. Basta um simples sinal já corre para o consultório do médico (principalmente as mamães de primeira viagem). Quando o assunto envolve alimentação então, a coisa fica mais séria ainda. Pudera, crianças em fase de desenvolvimento precisam se alimentar da forma adequada para que corpo e mente evoluam da melhor forma possível.
Criança não quer comer
Quando o pequeno começa a recusar a se alimentar é hora de investigar o que há por trás dessa falta de apetite da criança, mas, sem exageros. Muitas mães acham que só porque a criança recusou o lanche que não lhe agrada ou virou o rosto para um prato no almoço, já é motivo de preocupação e correm para o consultório dizendo:
“Meu filho não come, doutor.” E, acreditem, essa é a queixa mais ouvida pelos pediatras. “Costumo dizer que as mães, mais até do que os pais, têm um olhar emagrecedor. Elas sempre acham que os filhos estão abaixo do peso, mesmo que sejam saudáveis”, conta o pediatra Ruy Pupo Filho, autor do livro Como Educar Seus Filhos (Ed. Campus/ Elsevier).
Estimulante de apetite pode ser prejudicial para criança
Com esse olhar emagrecedor, muitas mães caem na tentação de pedir a prescrição de Estimulante de Apetite Para Crianças. Afinal, difícil nunca termos ouvido uma tia ou avó falando dos poderes milagrosos desse tipo de “elixir”, não é? Isso acontece porque a mais de 10 anos, acreditava-se que os estimulantes de apetite para crianças tinham o poder de fazer verdadeiras maravilhas para aquelas que não se alimentavam direito. Além disso, as pessoas sempre acreditavam que se não fizesse efeito, o complemento também não faria mal algum, mas, muita calma nessa hora!
Ao contrário do que muita gente pensa, os estimulantes de apetite para criança estão bem longe de serem tão inocentes assim e,podem sim, causar diversos efeitos colaterais perigosos se forem ingeridos sem necessidade e sem prescrição médica. O mais conhecido é um composto de vitaminas, ferro e cálcio que, só funciona como estimulante de apetite, se a causa do problema for de origem nutricional, ou seja, deficiência em alguns desses nutrientes. Nesse caso, crianças com diagnóstico de anemia (dado pelo médico e não por você), por exemplo, podem ser beneficiadas já que com a ingestão de ferro, o problema é corrigido. Consequentemente, o apetite da criança volta.
“O problema começa quando entra em cena a automedicação. Ingerir suplemento de ferro sem necessidade provoca diversos efeitos colaterais. A substância se deposita em locais como o fígado, o baço e a medula óssea, levando a um funcionamento inadequado desses órgãos”, alerta a nutróloga Roseli Sarni, presidente do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Além dos problemas causados em curto prazo pela ingestção exagerada dos suplementos, reflexos da falta de cuidado na administração dos estimulantes podem surgir na vida adulta: “O uso exagerado de complementos vitamínicos também pode aumentar a prevalência de doenças na vida adulta, como câncer de pulmão”, alerta Roseli.
Atenção pessoal que têm mania de comprar fortificante para crianças sem prescrição médica: sintomas de outras males, como, por exemplo, alguns tumores infantis, podem acabar sendo mascarados com o uso desnecessário de estimulantes de apetite. Cuidado!
E o perigo não para por aí. A associação de fórmulas que associam antiestamínicos a sua composição podem ser uma verdadeira bomba no organismo dos pequenos e também, em sua capacidade mental.
“Esses remédios, utilizados em casos de alergia, atuam no sistema nervoso central e apresentam o aumento da vontade de comer como efeito colateral transitório. Só que, além disso, causam sonolência, distúrbios do humor, perda da capacidade de concentração e, conseqüentemente, prejuízo no desempenho escolar”, alerta o pediatra Roberto Bittar, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Mamães, não tem nada demais em querer que seus pimpolhos comam de tudo, mas, lembrem-se que a decisão de administrar estimulantes de apetite e suplementos, só pode partir da iniciativa do pediatra após consulta clínica da criança, bem como a realização de exames complementares para diagnósticos concretos. Contenham esse instinto protetor que é maravilhoso, pois sem querer eles podem prejudicar seus filhos.