Em alguns países já é possível levar filho para o local de trabalho dos pais. Sempre ouço das mães que conheço, a frase “Ah, se eu pudesse, não faria mais nada, só ficaria perto do meu filho”. Imagino que deva ser muito difícil sair cedo de casa e deixar aquele “cotoquinho” dormindo e só voltar a vê-lo no fim do dia,muitas vezes, dormindo de novo. Sem dúvida, deve ser de partir o coração das mamães. Mas, trabalhar é preciso se quisermos que nada falte a nossos pequenos, certo?
Por mais que você saiba que seu filho está bem com a vovó, fale com ele ao telefone toda hora e ainda consiga vê-lo acordado à noite, não tem jeito: a saudade dói durante todo o expediente e você, claro, assim que termina o dia, sai como uma bala direto para casa, louca para apertar aquelas bochechas.
Levar o filho para o trabalho
Mas, já pensou que maravilha seria se o patrão permitisse que você levasse seu filho para o trabalho? Saiba que isso já acontece a um tempo na Grã-Bretanha. Trata-se de um esquema pioneiro na tentativa de ajudar os pais, levando seus filhos para o escritório.
A companhia Addison Lee (empresa de táxis) adotou a medida que, claro, já vem sendo criticada por muitos educadores já que, na primeira semana alguns pais tiveram dificuldades para dar conta de suas tarefas, além de terem tido várias interrupções do trabalho por conta dos gritos e choros das crianças. Mesmo assim, o gerente Liam Griffin, acredita que mesmo assim a experiência tem sido boa para a empresa:
“O clima está mais positivo. Essa iniciativa fomenta a lealdade e o entusiasmo do resto dos empregados e ajuda a melhorar a atmosfera de trabalho”, explica Griffin.
O setor da empresa que mais resistiu a idéia foi o departamento comercial que, começou a ter uma funcionária a mais,
Tanisha de 15 meses. Mesmo assim, parece que os funcionários têm se adaptado com a idéia já que até o chefe do setor diz que mesmo com os choros iniciais, o bebê aos poucos “entrou na rotina”. “Algumas pessoas dizem que ela deixa a atmosfera de trabalho mais suave”, opinou ele.
Mesmo com algumas resistências, diga-se de passagem, bem normais, a idéia têm crescido e já foi adotada por mais de 170 empresas dos EUA.
“Ganhamos em produtividade no longo prazo e reforçamos nosso compromisso com nossos empregados, o que tem nos ajudado a convencê-los a ficar conosco quando eles recebem outra oferta de trabalho”, esclarece Will Humble, porta-voz do Departamento de Saúde do Arizona.
É importante frisar que na Grã-Bretanha, mais de 25% das mulheres que saem de licença maternidade não voltam ao trabalho e, isso, claro, trás inúmeros prejuízos para empresas que além de ter que gastar com processos de recrutamento, perdem tempo e lucro treinando novos funcionários.
Realmente, a coisa deve ficar bem diferente com adultos focados e imersos em seus computadores, agora disputando espaço com bebês alertas, agitados e barulhentos, não acham? Mas, também concordo que o clima deve ficar muito mais leve para todo mundo. Afinal, quem resiste a um bebê risonho e encantador?
Filho no local de trabalho dos pais
Mas ter os filhos muito tempo no trabalho pode ser prejudicial.
“Depois de duas ou três horas, a criança vai querer atenção. Além disso, os horários das refeições têm de ser respeitados e a mãe ou pai não se consegue concentrar”, alerta a consultora de imagem Alexandra Simões de Carvalho.
Sendo assim, a permanência das crianças no trabalho dos pais deve ocupar apenas um período: manhã ou tarde, segundo alguns especialista.