Coleira para criança tipo mochila, você mãe usaria em seu filho? Ficar parado por mais de 5 minutos é algo que, definitivamente nossas crianças não gostam mesmo. Basta uma simples piscada de olhos e pronto; seu pequeno, que estava ao seu lado aparece brincando com o cachorrinho da vizinha lá na frente (claro, matando você de susto!). Não preciso ser mãe pra saber isso afinal, meus sobrinhos parecem ter baterias que nunca descarregam, canso só de pensar!
Acho que é justamente por temer essa descarga constante de energia das crianças que a atriz Daniele Suzuki foi vista em uma cena com seu filho Kauai (1 ano) que está dando o que falar: a atriz gerou polêmica ao aparecer passeando com o pequeno usando um acessório no mínimo, curioso: uma “coleira” infantil. Como uma mochila, o acessório é presa ao peito das crianças, usada para garantir maior controle dos responsáveis sobre eles.
E não é novidade: muitas mães e pais recorrem a esse acessório ao andar com as crianças em locais mais movimentados, claro, temendo que se percam ou sofram algum acidente, ou seja, a intenção é proteger os pequeninos. Mas, não foi eu e você que tivemos nosso passeio com as crianças fotografas, foi a Daniele Suzuki, haja assunto!
Opiniões divididas sobre coleira para criança
Com relação a “coleira” para criança, a psicóloga clínica Carmen Alcântara, de São Paulo concorda que as crianças muito pequenas não têm nenhuma noção de perigo e, claro, sabe muito bem que impor limites é complicado.
“Se a criança tiver até por volta de 3 anos, for muito agitada e ainda não conseguir respeitar suas orientações, a coleira para criança em forma mochila pode ser uma alternativa em ocasiões pontuais (como em locais cheios demais), diz Carmen. “Mas isso não significa que ela pode desligar a atenção do filho”, afirma.
A psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Quézia Bombonatto chama a atenção para a forma como os pais educam seus filhos, aconselhando-os que, na hora de pensarem em usar o acessório nas crianças, parem e pensem o porque de estar fazendo isso.
“É hora de se perguntar por que não estão conseguindo fazer o filho obedecer e como fazer isso da melhor maneira possível”. Além disso, Quézia acredita que o uso do acessório pode interferir no diálogo com os filhos. “A criança tem que aprender a lidar com o comando da mãe. Os pais têm de impor limites e explicar o que pode acontecer se ela sair de perto deles”, diz.
As opiniões entre as mamães está dividida. Enquanto algumas usam a coleira para criança quando seus filhos começaram a dar os primeiros passos, outras criticam muito o nome “coleira” que, cá entre nós, é um tanto agressivo, não acham?
“Eu precisei usar com meu filho mais novo, tipo uma mochilinha em forma de macaquinho. Eu não era a favor antes, e com minha primeira filha não foi necessário, mas meu caçula simplesmente saía correndo, inclusive para a rua movimentada, no shopping cheio, enfim… em qualquer lugar ele se afastava para muito longe e normalmente eu estava com a filha maior também. Claro que recebi muitos olhares de reprovação e muitos olhares de aceitação, mas o importantíssimo para mim é que meu filho estava seguro comigo”, opinou Caroline Kittler Reffatti.
A mamãe Debora Wittman é totalmente contra o uso do acessório. “Crianças têm que ser educadas a se portarem em locais públicos desde muito pequenas, mesmo que isso dê muito trabalho aos pais (e dá mesmo!)”. A mãe Silvana Bueno concorda: “Meu filho já está com 5 anos, e nunca utilizei. Eu fui ensinando desde pequeno que em lugares com mais gente ele deveria me dar a mão, sempre estar ao meu lado. E hoje é ele quem me cobra na rua ou em lugares fechados para me dar a mão”.
Não podemos deixar de lembrar que impor limites e prezar pela segurança dos pequenos não é nada fácil e dá muito trabalho sim, mas, é sua responsabilidade e mais: é uma forma de estabelecer vínculos com elas. Isso sim vai tornar seus filhos seguros e amados, e dessa forma, não vão precisar de nada para deter seus movimentos e ações, a não ser sua voz.Agora só falta você. O que acha dessa “novidade”?
