Foram 9 meses de inúmeras transformações em seu corpo e em suas emoções. Agora com seu bebê nos braços, a sensação de que valeu a pena cada enjoô e crise de choro é inevitável.
Mas, não acabou não, viu? Da mesma forma que as transformações físicas e mentais se apresentaram ao longo da gestação, o caminho de volta não ocorre tão rápido. Chamamos esse período de revolução hormonal de pós-parto ou puerpério.
Sintomas da mulher pós parto
Após o parto, seu corpo está se recuperando da mesma forma que você vêm se adaptando com a nova rotina e a enorme lista de novas responsabilidades, daí, algumas mamães apresentam quadros de crises de choro diante de tantos desafios pela frente, sentimento de culpa caso algo não vá bem, dentre outros, mas, saiba que isso é normal,ok? Vamos entender melhor como fica o seu corpo nessa fase delicada para você e muitas outras mamães:
Hormônios a todo vapor pós parto: Aumento do nível de prolactina, responsável pela estimulação da produção de leite, e bloqueio da função reprodutiva.
Libido em baixa pós parto: É normal sentir que a sua caiu um pouco. Isso se deve aos altos níveis de prolactina e a redução do estrógeno, ligado à ovulação. Juntando isso e o cansaço das primeiras semanas de cuidados com seu bebê, difícil ter disposição para o sexo, não é?
Útero pós parto: No período de 2 semanas, o útero volta ao seu tamanho e formato normal antes da gravidez. Durante esse tempo, principalmente durante a amamentação, é normal sentir aquela “colicazinha” chata.
Volta da menstruação pós parto: Algumas mulheres só voltam a menstruar depois do período de amamentação do bebê (desmame), porem, depende muito de cada uma, afinal, cada mulher tem um ritmo de vida e uma história biológica.
Mesmo assim, o Dr. Nilton Takiuti, obstetra, deixa uma pista: “Geralmente entre quatro e seis meses as mulheres já estão ovulando e, consequentemente, menstruando”, explica o médico.
Pele e cabelo pós parto: A bagunça hormonal e as leis da natureza que priorizam todo o uso da energia na produção de leite e na sua saúde podem deixar pele e cabelos de lado, deixando-os mais ressecados.
Aumento do apetite pós : às vezes é ainda maior que durante o período da gestação, por isso, melhor esquecer dietas nessa fase, o que não excluiu a necessidade da escolha de alimentos mais e menos calóricos que vão ajuda-la a perder o peso que ganhou na gestação. Durante a amamentação, a mulher precisa de 500 calorias adicionais ao que precisava antes de engravidar.
Raciocínio mais apurado pós parto: embora muita gente pense que o período pós-parto atrapalhe o raciocínio, um estudo recente feito no National Institute of Mental Health, de autoria da pesquisadora Pilyong Kim, aponta o contrário: o estudo sugere que o cérebro das mamães cresce durante os primeiros meses após o parto. Assim, o raciocínio ficaria influenciado por outros fatores como a falta de sono e a tensão e preocupação com o bebê, que atrapalham a memoria, fazendo a mamãe esquecer mais.
Deficiência no sono pós parto: Nada mais normal do que não dormir bem nas primeiras semanas de vida do bebê, por isso, a regra é seguir o ritmo de seu anjinho e dormir junto com ele e, claro, pedir uma ajuda para seu parceiro, mãe ou amiga para poder descansar algumas horinhas durante o dia. “O sono nos ajuda lidar melhor com as ansiedades e expectativas”, explica o obstetra Nilton Takiuti.
Barriga pós parto: Não se esqueça de que ela sofreu um enorme distensão da pele durante 9 meses seguidos. Nada mais justo e natural do que sua barriga demorar um pouco para voltar ao que era. Nada de soluções rápidas. Prevenindo o ganho excessivo de peso, adotando a pratica de exercícios físicos, você já faz o suficiente. Vale cuidar ainda mais da alimentação, o que ajuda na perda de gordura acumulada no local. Óleos e cremes anti-estrias durante a gravidez são ótimos aliados para prevenção.
Emoções pós parto: Você agora tem um bebê que depende exclusivamente de você pra tudo e ainda por cima tem que aprender a lidar com as mudanças no seu corpo e uma rotina totalmente diferente da anterior. Nada mais justo do que ter suas emoções bagunçadas, né? Além dos fatores externos, a redução do estrogênio pode deixar algumas mulheres mais desanimadas, o que não leva a depressão. “Se fosse assim toda mulher na menopausa ficaria deprimida, o que não acontece”, explica Dr. Takiuti.
Sei que não deve ser fácil conviver com tantas mudanças físicas e emocionais e ainda por cima, lidar com as inúmeras expectativas da maternidade, mas, espero que esse artigo possa ter lhe ajudado um pouco a entender que muito do que você vem sentindo, é natural e logo vai passar. Portanto, fique de olho, não deixando de curtir esse momento mágico que é a maternidade.