Poucas coisas satisfazem e alegram tanto uma criança quanto as típicas brincadeiras. Infelizmente nossas crianças do mundo atual não dão o devido valor a uma boa brincadeira ao ar livre como antes e não sabem o que estão perdendo, não é, pessoal?
Para as crianças com necessidades especiais, os benefícios das atividades lúdicas são ainda maiores, afinal, é a partir delas que grande parte de seu desenvolvimento acontece. “Brincar complementa a reabilitação, pois propicia a qualidade de vida e também os ganhos funcionais.
Para crianças com necessidades especiais as brincadeiras são uma estimulação fundamental para auxiliar na recuperação ou mesmo na criação de mecanismos adaptativos, afirma Germana Savoy, coordenadora da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri).
Quando forem comprar os brinquedos, veja as preferências da criança, bem como suas habilidades devem ser priorizadas. “Determinar que a criança com necessidade especial só fique com o brinquedo adaptado é uma forma de excluí-la”, opina Germana.
Ao escolher o brinquedo, o mais importante é o desenvolvimento dos pequenos e não a faixa etária. Não adianta ser nada lindo e não ser adaptado, o que importante de verdade é a dinâmica usada na brincadeira.
Os médicos explicam que durante a brincadeira, a criança deve se sentir valorizada, como por exemplo, na montagem de simples blocos ou simplesmente por apertar um botão. São esses desafios que estimulam ela a procurar sempre mais. “À medida do possível, as crianças devem ser expostas às experiências e brincadeiras naturais da idade. O importante é ter pessoas preparadas para facilitar e mediar a interação”, alerta.
Brinquedos para crianças especiais
Para chamar a atenção vale tudo; móbiles iluminados, chocalhos, sons, texturas e muito mais, o importante é que o brinquedo seja percebido. Nos casos de crianças de grandes limitações que ficam somente no leito, o canto, musica e leitura de contos, são ideais. Para a brincadeira ficar ainda mais dinâmica vale abusar de mascaras, bonecos e fantasias. Essa dica é ótima para crianças com distúrbios comportamentais.
Lanternas, papéis laminados e purpurina são ótimos artefatos usados no estimulo da percepção visual. Com o grande numero de informações nos rostos dos bonecos e detalhes contrastantes, a visão é mais trabalhada. Os outros sentidos, tato e audição também devem ser estimulados.
Já para as crianças que sofrem com limitações motoras o ideal é que seu acesso aos diversos ambientes seja facilitado para que assim elas possam explorar tudo ao seu redor.
Caso as limitações da criança sejam de origem auditiva, os especialistas indicam brincadeiras corporais como pique esconde, dança e jogos de percussão que permitem que, devido a percepção do som, ampliam a sensibilidade.
Como vimos os brinquedos vão muito além de distrair e animar os pequenos. Usados da forma adequada eles são uma poderosa arma para encarar possíveis limitações das crianças e alcançar inúmeros progressos em seu desenvolvimento.